domingo, 24 de outubro de 2010

Guerra!

Bom... Vou começar me apresentando, sou o soldado Adrian Caparzo conhecido como Caparzo, tenho 19 anos moro em Nova York. Vou escrever sobre minha convocação para a segunda guerra mundial.
Era um dia como todos os outros, escutava no radio noticias da guerra contra Adolf Hitler, era tudo normal até que batem em minha porta, me dirigi até ela e abri, eram homens fardados e em suas mãos havia uma carta que dizia q eu deveria me apresentar. Então os soldados me dirigiam até um caminhão, eu estava meio atordoado, via minha mãe chorando me segurava pelo braço. Então olhei para ela e fiz uma promessa. Que eu iria, mas voltaria. Mas mesmo assim ela continuava a chorar.
Então os soldados me colocaram para cima do caminhão e fui perdendo minha mãe de vista, enquanto eu estava no caminhão lembrava o rosto de minha mãe e da promessa que fiz a ela!
Depois de horas no caminhão cheguei à base, ali me passaram algumas instruções para mim e mais ou menos 100 homens.
Entregaram para nós farda, fuzil, munição e granadas, fizemos varias vezes treinos simulando uma guerra.Eu não sei muito bem, mas acho que devo ter ficado umas duas semanas na base, fiz vários amigos, comecei a ver o horror da guerra, pessoas mutiladas, pessoas mortas empilhadas como se fosse lixo.
Bom... Para o governo aquelas pessoas mortas era lixo, pois já não serviam mais pra eles. Como objetos descartáveis, são usados e depois jogados fora!
Certos dias no alojamento entraram um tenente acompanhado de dois sargentos nos disseram q deveríamos invadir uma praia que tinha sido tomada pelos alemães, saímos naquela madrugada, eu estava nervoso, mas eu me mantí firme, ciente na promessa que fiz a minha mãe.
Então, chegamos pela manhã na praia recebemos ordens bem claras “sem prisioneiros ou sobreviventes”.Assim como nos treinamentos adentramos na praia, comecei a escutar tiros, estrondos de bombas nas quais faziam “purê” de seres humanos. O medo começou a correr em minha medula, um primeiro batalhão foi na frente para abrir caminho, eu escutava gritos de dor, muitos tiros e muitas bombas.
Então o primeiro sargento deu a ordem, estava na hora da verdade, os tiros começaram a ficar mais perto,comecei a atirar para todos os lados eu via soldados alemães em minha frente que caiam como folhas secas. Eu matei um ser humano pela primeira vez , me senti um lixo, muita gente morta, muita gente mutilada.
Tomamos a praia! Depois de três dias na praia, eu e mais dois amigos estávamos sentados, era noite, um de meus amigos fumava enquanto dávamos um nome ao filho dele que iria nascer. Em um segundo dávamos um nome ao filho dele, em outro eu estava com o seu cérebro em meu colo.
Os alemães vieram pegar a praia, o atirador mirou na ponta do cigarro q meu amigo fumava, assim como meu amigo todos nós fomos fuzilados, sem tempo de reagir.
Eu voltei para casa! Dentro de um caixão.
Não cumpri com minha promessa, e alem disso virei um assassino por uma causa que não era minha, para o governo fui apenas mais um fantoche que não teve sorte, e que certamente foi substituído por outro que passará pelas mesmas coisas.
Matei e morri pela ganância de políticos, pela ganância de um ou dois. Matei por nada absolutamente nada!
Não tive filhos, apenas a dor de tiros passando pelo meu corpo. A Segunda Guerra Mundial acarretou a morte de um total estimado em 50 a 60 milhões de pessoas.
Eu fui apenas mais uma História em meio a tantas outras!

Escrito por: Alexandre Munstberg

Nenhum comentário:

Postar um comentário