quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sou gaucho

Sou gaucho, gaucho dos pampas cinchando o cavalo olhando para o horizonte.
Guerreiro de corpo e alma, tradição passada de mão em mão, cuia, erva, chimarrão.
Orgulho da terra onde nasci e onde pretendo morrer. Nunca deixarei acabar a tradição, povo guerreiro que lutou durante 100 anos por sua liberdade.
Eu grito “sou gaucho com orgulho”, criado na campanha.
Meu cavalo crioulo não me deixa por menos.
Chimarreando não me espanto ao mirar o pampa, em dias de castração faço valer minha tradição; cuscalhada companheira em dias de vacinação fazem valer a bóia.
Brincando com cruzeiras que acuadas boteiam no ar.
Minhas esporas prateadas manchadas com sangue do potro. Piazada desde pequena aprendendo o feitio do gauderio.
Metendo pata na várzea que se encharcou cavalo trocando o compasso da orelha a cada pisada, fronteira sem marcação.
Égua gateada prenha e os cuscos rodeando os pés.
Alá puxa tchê, báh, bagual aqui é sem chinelagem. Ser gaucho é ser sem fronteiras.

Escrito por: Alexandre Munstberg

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